sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O assalto

Como disse no post anterior, estou sem fogão há muitos meses.

Quem mora sozinho e não tem um gosto pela culinária/gastronomia está sempre correndo o risco de sucumbir a uma dieta baseada em comida congelada, delivery de hambúrguer, salgadinho de padaria e outras porcarias do gênero. 

Se você mora sozinho e não tem um fogão... aí, meu amigo, o capiroto surge quase que diariamente e sussurra no seu ouvido: "come só mais uma lasanha de quatro queijos da sadia... só mais uma!".


Tipo isso
Buscando melhorar a qualidade da minha alimentação, no domingo passado fui ao shopping olhar fogões. Fui só olhar os modelos mesmo, pois nunca tive qualquer dúvida de que comprar pela internet seria mais barato.

Depois da sondada no shopping, fui andando até a minha empresa, que fica num prédio comercial muitíssimo perto dali, pra sentar na frente do computador e só sair de lá com um fogão devidamente comprado na Americanas.com, Pontofrio.com ou quem quer que vendesse mais barato.

Cheguei no prédio, cumprimentei o porteiro, subi para o décimo primeiro andar, fui andando em direção à porta de vidro da minha empresa e... percebi que tinha um cara lá dentro.

Isso mesmo, confrades, em plena tarde de um domingo chuvoso havia um estranho dentro da empresa, que pela vestimenta mais parecia recém-saído de um baile funk.

"Que porra é essa?", pensei enquanto recuava para fora do campo de visão do sujeito, que pelo visto não tinha me visto no corredor do andar, e se viu não desconfiou que eu queria entrar justamente onde ele estava.

Liguei pro meu sócio e perguntei se ele sabia de algo, ele disse que não e "chama a polícia". Liguei pro meu outro sócio que também não sabia de nada e "chama a polícia". Liguei pro meu outro sócio cacete quanto sócio e ele disse "entra lá e pergunta o que ele tá fazendo ali".

Como ser vítima de roubo seguido de morte não estava dentro dos meus planos para aquele domingo, segui a sugestão dos dois primeiros sócios e liguei pro 190.

Em questão de alguns minutos (acredito que menos de 15 minutos) dois PMs apareceram.

Entramos na empresa para abordar o elemento suspeito, os PMs com arma em punho e eu com o cu na mão. O sujeito que estava lá dentro nos viu, fez uma cara de "agora fudeu!", botou a mão pro alto e ficou dizendo "calma aííí véi, calma aííí, pelo amor de Deus!". 

"Calma aí o caralho!", disse o Madruga, pois com a PM do lado é fácil peitar bandido. 

Depois de devidamente revistado e na hora de ser algemado para ser levado à viatura, o sujeito disse "calma aí Patrão, calma aí, eu sou marido da Sheila!". 

Sheila é a secretária da empresa.

Foi dada a palavra pro desgraçado marido da secretária explicar o que diabos ele estava fazendo ali e, adivinhem só? Ele pegou a chave da secretária, com o consentimento dela, para entrar na minha empresa e imprimir mais de duzentas folhas de um material relacionado ao curso técnico que ele faz.

Liguei para a Sheila e ela confirmou: "Ele tava precisando imprimir uma apostila do curso dele com urgência mas não tinha aonde imprimir.. entreguei a chave e falei pra ele imprimir aí", disse ela, num tom de "não prende meu marido, pelas barbas do profeta".

Minha reação quando achei que ia prender bandido e flagrei o marido da secretária imprimindo apostila de curso de técnico em contabilidade
Peguei a chave que estava em poder dele, disse que não iria prestar queixa e a PM deixou ele ir embora. No dia seguinte trocamos a fechadura da porta de vidro e demitimos a secretária sem justa causa.

Já estou puto de novo só de escrever sobre isso. Até daria pra prestar queixa, demitir com justa causa etc, mas vou perder tempo com revanchismo contra dois miseráveis? Bola pra frente e foco no dinheiro.

Aquele abraço!

sábado, 1 de agosto de 2015

Desempenho julho/2015

Saudações, camaradas, como estão?

Julho foi um belo mês, como vocês podem ver abaixo:


O aporte do mês foi "turbinado" em razão de um acordo que fiz num processo judicial que entrei no começo do ano passado.

Resumindo o drama: no começo de 2014 fui ao Banco do Brasil aumentar meu limite de crédito (para elevadíssimos R$ 800), tendo recebido a constrangedora resposta de que isso não seria possível pois havia uma pendência minha junto ao Serasa.

Caras, eu posso ter inúmeros defeitos, mas ser caloteiro não é um deles. Tenho um certo asco por quem é desleixado com as contas, pago tudo religiosamente em dia, mantenho todos os boletos e comprovantes de pagamento escaneados e organizados em pastas, enfim, eu sou muito chato com contas e não fazia ideia de como meu nome foi parar no rol dos inadimplentes.

Fui ao Serasa e descobri quem foi a bandida que jogou fezes no meu nome: a C&A.

Samuel L. Jackson da C&A após negativar o Madruga
Fui andando até a C&A com absoluta certeza de que me negativaram indevidamente, pois nunca faço compra ali, e se algum dia fiz certamente não foi com cheque, parcelamento ou qualquer coisa que pudesse ensejar uma negativação.

Chegando lá pedi que imprimissem tudo que estivesse em meu nome e pudesse ser impresso. Com a papelada em mãos ficou bem claro o que havia se passado. Permitam-me resumir, pois não quero me prolongar demais no assunto: algum corno sem costumes criou uma cartão de crédito da C&A em meu nome, saiu fazendo compras por aí e deixou uma conta de quinhentas dilmas pro madruguinha aqui pagar. Fora meu nome e CPF, todas as informações cadastrais junto à C&A estavam absolutamente erradas (nome dos pais, número de identidade, profissão, endereço, enfim... tudo inventado e que nem de perto correspondia à realidade).

Fiz o B.O. e logo entrei com um processo em Juizado Especial Cível (vulgo "pequenas causas") contra a C&A pedindo que cancelassem o débito existente em meu nome e me indenizassem por danos morais.

Na audiência de conciliação ofereceram R$ 1.000,00 e eu fiquei com vontade de mandar a advogada da C&A pra puta que pariu educadamente recusei. Depois disso o processo caiu no limbo do judiciário por mais de um ano até a audiência de instrução e julgamento, onde a C&A ofereceu R$ 3.000,00, fiz uma contraproposta de R$ 4.000,00, eles aceitaram e pronto: problema resolvido e R$ 4k no bolso!

Esse é o segundo processo judicial que rendeu algum fruto, o primeiro eu descrevi neste post aqui. Agora não tenho mais nenhum processo pessoal tramitando, se alguma empresa quiser tentar foder com meus direitos de consumidor, fique à vontade!

Voltando ao assunto desempenho julho/2015, o dinheiro está aplicado da seguinte forma:

R$ 22.193,33 - LCI 97% do CDI com vencimento em agosto/2015 (tá na bica de vencer, esse troço).
R$ 12.483,54 - NTN B Principal 2019, taxa pactuada 6,32%.
R$ 6.984,02 - LFT com vencimento em 2021.
R$ 3.684,45 - LTN com vencimento em 2018, taxa 13,42%.
R$ 8.978,53 - caderneta de poupança
R$ 35,80 - dinheiro abandonado na conta da corretora.
Total: R$ 54.359,67.

Não fiz compras esse mês pois tive alguns problemas burocráticos com o banco, daí o dinheiro ficou todo na poupança, como vocês podem ver acima. O problema burocrático já foi resolvido, mas agora só farei compras quando a poupança aniversariar, o que deve ocorrer no meio de agosto.

Já adianto que o aporte de agosto será meio broxa devido aos seguintes motivos:
1) vou comprar um fogão, e como eu quero que essa porra de fogão dure pra sempre ele provavelmente será Brastemp ou Electrolux, o que me custará no mínimo R$ 700,00. Estou sem fogão há 10 meses e desde então só como LIXO congelado, semi-pronto, junk food etc, e isso precisa mudar.
2) vou comprar passagem pra visitar minha mãe e como ela mora onde judas perdeu as botas, costuma sair caro.
3) terei gastos com a costumeira ajuda financeira que estou dando pra minha mãe já há alguns meses.

É isso aí, meus caros, por hoje é só.

Desejo a todos um agosto bastante lucrativo! 
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