Mês passado um brasileiro de 18 anos que está fazendo intercâmbio na Austrália foi a primeira pessoa no mundo a comprar o recém-lançado Iphone 6S Plus.
Para conseguir esse feito, nosso jovem compatriota acampou durante cinco dias na frente da loja da Apple em Sidney. Assim que a loja abriu, ele entrou lá desesperadamente para pagar o equivalente a R$ 4,2 mil pelo novo telefone.
Durante seus quinze minutos segundos de fama, o sujeito declarou que por conta de tal proeza ele tinha "zerado a vida". Quem quiser saber mais sobre esse relevantíssimo acontecimento pode clicar aqui ou aqui.
O cara que "zerou a vida" |
Concordo com esse pensamento, mas o fato é que esse fetiche que tanta gente tem pela Apple é um fenômeno mundial e que independe de idade.
Mas enfim, o post de hoje não será sobre o moleque da foto acima, nem sobre a Apple em específico, mas sim sobre a ideia de consumo como um todo, e sobre como grande parte das pessoas não se dá ao trabalho de refletir sobre questão tão importante.
Podemos começar nossa reflexão sobre o consumo? Podemos, mas não sem antes sentir mais uma dose de vergonha alheia proporcionada por outro Apple-maníaco:
AI MEU DEUS, COMO É BOM GASTAR DINHEIRO |
Há uns 90 anos atrás, na aurora de nossa sociedade de consumo, as maiores fabricantes de lâmpadas do mundo (dentre elas General Electric e Philips) firmaram um contrato em que definiram que as lâmpadas não deveriam durar mais de 1.000 horas.
Considerando que naquela época já era perfeitamente possível fabricar lâmpadas que duravam mais de 2.500 horas, fica fácil deduzir que o acordo em questão tinha o intuito de fazer as pessoas comprarem mais lâmpadas.
Esse é tido como o primeiro caso documentalmente provado de obsolescência programada, em que o fabricante intencionalmente cria um produto programado para pifar ou se tornar menos funcional depois de determinado período de tempo.
Hoje em dia a obsolescência programada não é novidade para ninguém, estando mais presente do que nunca em itens tecnológicos (aquele seu notebook que começou a superaquecer, seu tablet cuja bateria foi pro brejo, seu celular que não suporta mais o sistema operacional do momento).
Embora a obsolescência programada ainda esteja presente nos dias de hoje, o fato é que de 90 anos pra cá surgiram estratégias mais sofisticadas para fazer o povo consumir como se não houvesse amanhã.
Descobriram, por exemplo, que era possível aplicar a psicanálise à publicidade, estimulando nas pessoas desejos e sentimento de recompensa, bem como plantando conceitos no inconsciente coletivo.
O pioneiro da psicanálise aplicada à publicidade foi um cara chamado Edward Bernays, sobrinho de Freud, que fez fortuna ao enfiar na mente dos homens de sua época que cigarro era símbolo de virilidade, ao mesmo tempo em que popularizava o fumo entre as mulheres como um sinônimo de independência feminina (dois conceitos completamente diferentes, mas isso pouco importa para quem estiver vendendo o produto).
Descobriram, por exemplo, que era possível aplicar a psicanálise à publicidade, estimulando nas pessoas desejos e sentimento de recompensa, bem como plantando conceitos no inconsciente coletivo.
O pioneiro da psicanálise aplicada à publicidade foi um cara chamado Edward Bernays, sobrinho de Freud, que fez fortuna ao enfiar na mente dos homens de sua época que cigarro era símbolo de virilidade, ao mesmo tempo em que popularizava o fumo entre as mulheres como um sinônimo de independência feminina (dois conceitos completamente diferentes, mas isso pouco importa para quem estiver vendendo o produto).
Propaganda de 1949: pode fumar, amigão, seu dentista recomenda. |
Mas vamos deixar o fumo de lado, pois a maioria das pessoas que está lendo este post não vivenciou os tempos áureos do cigarro (também não vivenciei), para tratar de um exemplo mais atual: carro.
Conseguiram, ao menos aqui no Brasil, convencer praticamente todo mundo que carro é sinônimo de sucesso, de poder econômico, que não dá pra viver sem carro, que quem não tem carro é pobre, que "brasileiro é apaixonado por carro", enfim, um monte de coisas que se tornaram dogmas incontestáveis no inconsciente coletivo nacional.
Eu sei bem que todo mundo tem 300 argumentos na ponta da língua para justificar a necessidade do carro, o que estou criticando acima é o pensamento "ou você tem carro ou você é um fudido", como se não existisse a opção de viver bem sem carro (existe essa opção, acredite se quiser).
Como carro é um tema que faria este post 10 quilômetros mais longo, vou passar para outros exemplos da atualidade: os dois mongóis nas fotos do início deste post, fazendo cara de "melhor dia da minha vida!!" pois compraram um celular que sairá de linha em seis meses, ou o cara que paga R$ 400 numa camisa da Dudalina "por causa do status, né brother?".
Se você torra seu suado dinheiro unicamente por causa do status ou por impulso, meus parabéns, você pensa da forma que querem que você pense e é a ovelha que querem que você seja, algo não muito diferente de quem passa na frente da vitrine da sapataria, não se contêm e sai de lá carregado de sacolas.
Já entenderam o mecanismo em questão há muito tempo e a frase acima citada vem sendo posta em prática há várias décadas, de modo que hoje em dia nos identificamos com o conceito dominante de "necessidade" sem ao menos perceber. Que conceito dominante é esse? É a "criação organizada da insatisfação" descrita por Charles Kettering em 1929: é preciso plantar a insatisfação na mente das pessoas, pois se todos estivessem satisfeitos, ninguém compraria nada novo.
Sem percebermos, somos constantemente estimulados, voluntariamente por publicitários e involuntariamente pelas massas, a sentir insatisfação pelo que temos e querer trocar o antigo pelo novo.
Você certamente faz um bem danado para a economia quando consome impensadamente, mas você também pode fazer um bem para economia (e para você mesmo) ao, em vez de consumir, aplicar seu dinheiro em renda fixa, FIIs, ações e dezenas de outras opções.
O fato é que, ao menos durante essa fase de acúmulo de capital em que o pessoal da blogosfera de finanças se encontra, quanto menos manipulável você for, maior sua chance de escapar da corrida dos ratos.
A questão é: o que fazer?
Como o problema não é o consumo em si, mas sim o consumo não precedido de reflexão, sugiro o seguinte:
1ª dica: respeite o "gap" entre a vontade de comprar e a compra
A exemplo do sistema de "1 click to buy" iniciado pela Amazon e presente em grande parte dos sites, uma técnica de venda comum é diminuir o lapso temporal entre a vontade de comprar e a compra propriamente dita, por um motivo muito simples: quanto menos você pensar depois que bate aquela vontade de comprar, mais suscetível você está a acabar comprando. A primeira dica, portanto, é PENSE. Exclua o "gostei-comprei" da sua vida e tenha um momento de reflexão toda vez que você sentir vontade de comprar alguma coisa.
2ª dica: faça uma avaliação sincera sobre a necessidade da compra
"Eu vou usar esse troço regularmente?", "qual a chance dessa compra acabar abandonada num canto da casa?", "eu tenho uma necessidade genuína de comprar esse negócio ou é só para pagar de fodão perante terceiros?", "eu terei gastos adicionais com essa compra?", "eu sou tão impulsivo quanto um consumista dentro de uma loja de sapatos?", dentre outras perguntas.
3ª dica: troque o prazer em consumir pelo prazer em ver seu patrimônio crescer
Em vez de sentir prazer em ver seu dinheiro virando um monte de tralhas, que tal sentir prazer em ver o dinheiro virando mais dinheiro? Se a mágica dos juros compostos não te convence, eu sinceramente não sei o que mais te convenceria.
Conclusão:
Conseguiram, ao menos aqui no Brasil, convencer praticamente todo mundo que carro é sinônimo de sucesso, de poder econômico, que não dá pra viver sem carro, que quem não tem carro é pobre, que "brasileiro é apaixonado por carro", enfim, um monte de coisas que se tornaram dogmas incontestáveis no inconsciente coletivo nacional.
Eu sei bem que todo mundo tem 300 argumentos na ponta da língua para justificar a necessidade do carro, o que estou criticando acima é o pensamento "ou você tem carro ou você é um fudido", como se não existisse a opção de viver bem sem carro (existe essa opção, acredite se quiser).
Como carro é um tema que faria este post 10 quilômetros mais longo, vou passar para outros exemplos da atualidade: os dois mongóis nas fotos do início deste post, fazendo cara de "melhor dia da minha vida!!" pois compraram um celular que sairá de linha em seis meses, ou o cara que paga R$ 400 numa camisa da Dudalina "por causa do status, né brother?".
Se você torra seu suado dinheiro unicamente por causa do status ou por impulso, meus parabéns, você pensa da forma que querem que você pense e é a ovelha que querem que você seja, algo não muito diferente de quem passa na frente da vitrine da sapataria, não se contêm e sai de lá carregado de sacolas.
"Se entendermos o mecanismo e as motivações do pensamento coletivo, será possível controlar as massas de acordo com nossa vontade sem que elas saibam" - Edward Bernays (tradução livre) |
Sem percebermos, somos constantemente estimulados, voluntariamente por publicitários e involuntariamente pelas massas, a sentir insatisfação pelo que temos e querer trocar o antigo pelo novo.
Você certamente faz um bem danado para a economia quando consome impensadamente, mas você também pode fazer um bem para economia (e para você mesmo) ao, em vez de consumir, aplicar seu dinheiro em renda fixa, FIIs, ações e dezenas de outras opções.
O fato é que, ao menos durante essa fase de acúmulo de capital em que o pessoal da blogosfera de finanças se encontra, quanto menos manipulável você for, maior sua chance de escapar da corrida dos ratos.
A questão é: o que fazer?
Usar o cérebro é uma opção |
1ª dica: respeite o "gap" entre a vontade de comprar e a compra
A exemplo do sistema de "1 click to buy" iniciado pela Amazon e presente em grande parte dos sites, uma técnica de venda comum é diminuir o lapso temporal entre a vontade de comprar e a compra propriamente dita, por um motivo muito simples: quanto menos você pensar depois que bate aquela vontade de comprar, mais suscetível você está a acabar comprando. A primeira dica, portanto, é PENSE. Exclua o "gostei-comprei" da sua vida e tenha um momento de reflexão toda vez que você sentir vontade de comprar alguma coisa.
2ª dica: faça uma avaliação sincera sobre a necessidade da compra
"Eu vou usar esse troço regularmente?", "qual a chance dessa compra acabar abandonada num canto da casa?", "eu tenho uma necessidade genuína de comprar esse negócio ou é só para pagar de fodão perante terceiros?", "eu terei gastos adicionais com essa compra?", "eu sou tão impulsivo quanto um consumista dentro de uma loja de sapatos?", dentre outras perguntas.
3ª dica: troque o prazer em consumir pelo prazer em ver seu patrimônio crescer
Em vez de sentir prazer em ver seu dinheiro virando um monte de tralhas, que tal sentir prazer em ver o dinheiro virando mais dinheiro? Se a mágica dos juros compostos não te convence, eu sinceramente não sei o que mais te convenceria.
Conclusão:
Sua busca pela independência financeira definitivamente será mais difícil se você não se desapegar do consumismo desenfreado praticado pelo brasileiro-médio.
Esse desapego não é uma questão de sofrer por querer um Iphone 6S Plus e não tê-lo, mas sim desenvolver dentro de si mesmo um sentimento legítimo de que você não precisa de quinquilharias para se sentir bem.
Desenvolver esse sentimento te ajuda inclusive a alcançar a IF mais cedo, pois quanto mais lixo você quiser, mais capital terá que acumular para viver de renda passiva.
Desapega, meu amigo, e acumula capital enquanto seus pares estão lá tentando mostrar um pro outro como eles são a personificação do sucesso financeiro.
Quando você parar de trabalhar para viver de renda passiva, a turma da ostentação vai perceber na hora que você zerou a vida e que está tarde demais para eles alcançarem o que você alcançou.
Cortei metade deste post fora para diminuir o tamanho (e mesmo assim ficou grande), então peço desculpas se algumas coisas que escrevi ficaram estranhas ou fora de contexto.
Aquele abraço!
Parabéns, excelente análise!
ResponderExcluirExcelente texto!
ResponderExcluirObrigado, Scant.
ExcluirÓtimo post Madruga.
ResponderExcluirSe eu comprar algo sem pesquisar e avaliar a real necessidade, chego a passar mau.
Meus filhos que ainda são pequenos já estão doutrinados sobre economizar, não desperdiçar e que cada coisa tem seu tempo e sua necessidade. Explico direto sobre as prioridades, principalmente hoje com a vida de construção.
Eles já sabem, nem nas datas comemorativas ficam me aborrecendo para ganhar presentes. Quando dá eu compro.
Caralho Anon das Casas de Aluguel, quando eu crescer quero ser como você.
ExcluirTanto eu quanto a minha esposa temos um pensamento bem parecido quanto à racionalidade nas compras, porém muito disso vem dos exemplos inversos que ambos tivemos, os nossos pais eram impulsivos.
Espero, sinceramente, conseguir transmitir esse tipo de pensamento aos meus futuros filhos. (Mas relevando as datas comemorativas, haha).
Meus filhos de 6 e 9 anos sabem todas datas comemorativas, não tem como não saber devido ao colégio, mas sabem que estou construindo e não posso gastar, tanto é que minha filha fala;
Excluir- Pai tá gastando muito dinheiro nas casas, mas depois ele vai ganhar dinheiro para a gente viajar e comprar brinquedos.
- As pessoas vão morar nas nossas casa e nos dá muito dinheiro.
É só uma questão de educação contínua, já crescem doutrinados. Minha esposa só tem comprado roupas para o dia a dia em liga de R$10,00 inclusive quando vamos dar de presente de aniversário.
Anon das casas de aluguel, não tenho filhos e não pretendo ter nos próximos anos, mas quando tiver certamente seguirei o seu exemplo.
ExcluirQue excelente texto. Eu tenho orgulho de dizer que troquei o prazer de "consumir" pelo de acumular patrimônio. Aliás, no momento estou em um apto de 30m² na praia, de um amigo e vejo que poderia viver feliz com minha esposa em um espaço destes se isso me ajudar na IF - cito isto pois considerei relevante.
ResponderExcluirEste jovem certamente ficará nos anais da história dos imbecis. Mas cito que antes mesmo do advento do made to be broken e da OP, as pessoas tem em sua índole essa coisa de querer gastar sem motivo racional. Como quando especiarias custavam o olho da cara na idade média.
Uma especialização que gostaria de fazer é de psicologia do consumidor.
CF, fico sempre a desejar aquelas casinhas na roça, lá no alto, eu com meu cachorro, uns gados, minhas plantações e meus filhos correndo. Só basta ter minha IF garantida.
ExcluirMorar em um interior de praia é outro desejo, aqui na terrinha existem vários, só falta a pessoa ter uma renda fixa e viver só comendo muqueca e jogando conversa fora com os nativos.
CF, moro num apartamento pequeno e mesmo assim sinto que poderia morar num menor, pois uma parte considerável dele está sem uso.
ExcluirOlha essa reportagem de gente morando em apê de 9, 10, 15 m²... http://www1.folha.uol.com.br/vice/2015/06/1644319-conheca-os-parisienses-que-pagam-pequenas-fortunas-para-morar-em-apartamentos-microscopicos.shtml
Aí já é pequeno demais, né? hehehe.
Aí é demais!
ExcluirFantástico!
ResponderExcluirObrigado, Anon.
ExcluirBom texto, ainda bem q estamos fora da matrix
ResponderExcluirViver de construcao
Será que estamos?
ExcluirAbraço!
Olá Seu Madruga, belo post, escrevi algo sobre carros hoje e a influência que a sociedade faz para podermos adquirir este para representar nossa liberdade, no mais corretíssimo em suas dicas, rumo a IF. Abraço!
ResponderExcluirJovem Miserável, também pretendo escrever um post especificamente sobre carros... vamos ver se ainda esse ano o post sai do forno, mas li seu post e definitivamente pensamos da mesma forma quanto ao assunto. Abraço!
Excluirparabens!!! tenho praticado a "troca de desejos" de consumir p/ ver o patrimônio crescer
ResponderExcluirEinstein tinha razão quando disse que os juros compostos são a oitava maravilha do mundo.
ExcluirTexto muito interessante. Eu já descobri que minha IF está muito mais atrelada ao meu perfil de consumo do que com a quantidade de patrimônio.
ResponderExcluirA minha também, meu amigo surfista!
ExcluirTexto muito interessante. Eu já descobri que minha IF está muito mais atrelada ao meu perfil de consumo do que com a quantidade de patrimônio.
ResponderExcluirExcelente texto Seu Madruga.
ResponderExcluirSenti muita vergonha alheia desse pobre Brasileiro de 18 anos.
Quem sabe com o tempo ele comece a sentir vergonha alheia também...
ExcluirO pior de tudo é que o Google eternizou o momento: toda vez que alguém pesquisar o nome do menino no Google, vai encontrar essas notícias.
Texto OverPower Madruga.
ResponderExcluirMuito bom mesmo. Vou até fazer referência a ele.
Obrigado pelo feedback, Canguino! Abraço!
ExcluirAcho que tem uma coisa que tem que ser comentada.
ResponderExcluirEssa questão de aportar, investir e não entrar em ondas de consumismo ou endividamentos especialmente os causados por bens "fúteis", tem como base 2 fatores ao meu ver:
1 - Necessidade: O cara que ganha mau, o que já quebrou, está endividado ou que realmente deseja um futuro de mais independência. Para estes a economia, aporte ou a procrastinação ou desistência de gastos é uma necessidade para alcançar objetivos (quem tem objetivos definidos).
2- Perfil psicológico/comportamental/cultural/social.
Pessoas com perfil poupador, aportador, investidor, como temos vários na blogsfera de finanças, geralmente não gostam de ostentar, não são adeptas de modismos, ao meu ver geralmente participam de convivíos sociais não muito numerosos e tem por hábito a reflexão sobre gastos e até sobre a vida de forma mais ampla.
Pessoas que não tem essa consciência, esses hábitos, são impulssívas e facilmente influenciáveis ou que não tem objetivos claos quanto ao futuro dificilmente escapam de hábitos consumistas, endividamentos, pressões sociais diretas e indiretas e a necessidade de aparecer e ostentar mesmo sem condições para tal.
Em resumo: Tudo tem seu preço, nem todo mundo quer deixar para manhã o que pode ser comprado, mostrado e ostentado hoje. Numa sociedade onde aparências contam muito, quem não leva isso muito em conta tem que pagar um preço hoje para colher frutos amanhã e nem todos tem interesse em pagar os preços.
Você tem razão, anon.
ExcluirO que me pergunto é se se essas pessoas não-ricas que estão arriscando o amanhã para ostentar hoje sequer têm noção das consequências dessa escolha ou só conseguem enxergar os pequenos prazeres do curto-prazo.
A realidade será cruel com essas pessoas no futuro.
Abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu me recuso a acreditar que exista uma pessoa capaz de acampar cinco dias em frente a uma loja para comprar um celular. Isso não pode ser verdade!
ResponderExcluirPior que existe... toda vez que a Apple lança um produto novo é esse fuzuê na frente das lojas mundo afora... assim caminha a humanidade.
ExcluirQue texto impecável! Gostei muito do que li, e vou começar com outros posts do seu blog, já está nos meus favoritos.
ResponderExcluirObrigado Pessimista, espero que goste dos outros posts também.
ExcluirÓtimo texto Madruga, perfeita reflexão sobre a massa consumidora, vejo essa realidade matrixiana na prática todos os dias por essas pessoas desprovidas de algum conhecimento!
ResponderExcluirA analogia com o filme Matrix não é a toa, não é mesmo? Ela está em todo lugar. Abraço Jovem Frugal.
ExcluirSe não zerou a vida, zerou o blogger!
ResponderExcluirBom texto como sempre Madruga. O final em si, fala por todos. Quando os modinhas perceberem que não podem voltar atrás, vão perceber que fomos espertos e sábios em controlar nossos desejos nas horas de maior vontade e impulso e consequentemente, teremos zerado a vida com a desejada IF.
Estava sumido brother, ta tudo certo? Mande novidades da empresa. Como ta a recente secretária? haha
Forte abraço!
Fala Albino, tudo bem com você? Por aqui tá tudo bem, tirando o aporte do mês que foi fraco.
ExcluirO sumiço é porque tenho ligado pouco o computador durante o tempo livre, mas continuo lendo e comentando no blog dos outros no trabalho ou pelo celular.
A secretária por enquanto está indo bem, já mostrou ser menos sonsa que as anteriores, mas vamos ver né...
Não tem muita novidade na empresa, provavelmente no próximo post falarei sobre isso.
Espero que esteja tudo bem contigo também.
Abraço!
Melhor texto do blog até aqui. Muito bom mesmo, parabéns !!
ResponderExcluirObrigado, anon.
ExcluirOs comentários falam por si madruga! Show!!!
ResponderExcluirótima visão a sua. tu é um dos fortes candidatos a sair da matrix.
Abraço
Obrigado Julius.
ExcluirQue bom que você voltou a postar.
Volte sempre por aqui. Abraço!
Parabéns pelo Post
ResponderExcluirdicas valiosas
muito bom o blog
abs
Obrigado bmwinside.
ExcluirEspero por melhores momentos realmente da economia brasileira.
ResponderExcluirEm um simples passeio por alguns bairros no fim de semana é possível ver junto a sinais de trânsito, onde chovem folhetos de construtoras, o esforço hercúleo para reverter o cenário. Há anúncios de feirões, saldões e todo tipo de oferta. A Gafisa, por exemplo, fez uma campanha em que arcava, até 2020, com IPTU e condomínio das unidades residenciais vendidas. Passagens aéreas para os Estados Unidos foram atrativos oferecidos pela Brookfield aos compradores de um de seus empreendimentos. Numa atitude impensável em outros tempos, várias empresas também acenam com descontos de até 50%, como a Even
forte abraço
dimitatu
Já ouvi de várias fontes confiáveis que uma das maiores construtoras da minha região está na bica de pedir recuperação judicial...
ExcluirTô notando esse desespero das construtoras também, fazendo saldões/feirões, panfletagens, antecipando recebíveis com bancos, pegando dinheiro com factoring, vamos ver até onde vai essa situação.
Outra coisa curiosa que notei foram uns conhecidos meus que compraram apartamentos de um certo prédio NA PLANTA e, agora que o prédio está pronto, a construtora está vendendo apartamentos mais baratos do que a galera que financiou desde a planta pagou. Não sei se é pra rir ou pra chorar.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirAnônimo, neste blog trato majoritariamente sobre empreendedorismo e finanças, sendo que um grande motivador para seguir postando é atrair pessoas interessadas nesses assuntos e discutir com elas.
ExcluirOs meus posts não são voltados para público de determinada cor, genitália ou o que quer que o outro Anônimo tenha entendido como "racista e de ódio", pois para mim não há motivo para restringir os assuntos "empreendedorismo e finanças" com base em parâmetros que em nada influenciam no debate sobre tais temas.
É também por esse motivo que permito comentários anônimos e tento responder a todos com o mesmo zelo, pois para mim tanto faz quem é a pessoa atrás do teclado.
Ocasionalmente aparecem aqui no blog comentários anônimos ofendendo outros blogueiros. Não abro espaço para treta e costumo excluir esses comentários. Excluirei o seu comentário por esse específico motivo, mas agradeço sua boa intenção de me informar acerca do comentário do outro Anônimo.
Um abraço!
Bom post, Madruga. É interessante notar como o consumismo é iniciado já de muito cedo na infância. Na verdade, antes de sair da barriga... já tem bebê com 800 fraldas, 3 berços, 4 carrinhos, decorações diversas no quarto, brinquedos dignos de um estoque de loja. Pode ver que no Dia das Crianças o movimento continuou bom mesmo com a crise. Aí vem o real desafio de passar a frugalidade adiante...
ResponderExcluirSair desse consumo maluco e desenfreado é realmente uma conquista, pois somos condicionados a fazer e achar normal.
Quando dou conselhos financeiros pros amigos gosto sempre de dar uma olhada no guarda-roupas do pessoal e perguntar quantos braços eles tem ou pés hehehe É um excesso de relógio, pulseira, sapato e afins que, às vezes, a pessoa não sabia nem que tinha...
Obrigado, LM. Você tem razão, isso começa na infância, crianças são alvo fácil de publicidade, especialmente em países com pouca ou nenhuma regulamentação quanto à publicidade infantil (acredito que aqui no Brasil não tenha nada além do CONAR regulando esse tipo de propaganda).
ExcluirPara levar para a vida Madruga !!
ResponderExcluirComo sempre O Cara !
Como li anteriormente [Não lembro onde, Desculpe]....
Somos chamados de sociedade de consumo atualmente e nos orgulhamos disso!
Abandonamos o SER e hoje o que "importa" é o TER
E aproveitando o gancho dos celulares, em meio ano o aparelho já fica sim defasado e por incrível que pareça ainda atende a todas as necessidades do usuário !!!!
Mas por ter algo novo e que vai fazer o mesmo que ele já consegue atualmente, ele vai lá e compra, simplesmente por ser "novo" !!
Me impressiona muito isso nos tempos atuais Madruga.
E você citou que o texto estava grande, por favor nos presenteie com mais posts sobre o assunto !!
Grande Abraço
Tudo de Melhor Sempre
Olá Anon, será que foi aqui no blog que você leu isso? Eu fiz um post sobre sociedade de consumo há alguns meses atrás.
ExcluirSobre celular, o meu já tem alguns anos de idade e só vou abandoná-lo quando não tiver jeito mesmo. Esse troca-troca de celular não é comigo não...
Obrigado pelos elogios. Abraço!
Ótimo texto Madruga !
ResponderExcluirÉ triste ver como o consumismo afeta tanto nossa sociedade. E para nós, pessoas com uma educação financeira mais apurada, é difícil continuarmos comprando "responsavelmente" enquanto a mídia nos bombardeia, até inconscientemente, com tantas propagandas, que geram em nós necessidades fictícias.
Tão pior quanto a questão anterior é a briga das pessoas por ostentação, de parecer o que não é. Isso é só o que rola nas redes sociais.
Continue com esses bons textos, fico esperando o post sobre carros.
Abraço !!!
He-man, tudo bem? Rede social é o espelhinho virtual do ego da galera.
ExcluirVamos ver quando sai o post sobre carros, espero que ainda esse ano.
Abraço!
Por falar em endividamento, vc acredita madruga que quando vou no cinema eu vejo as pessoas comprando pipoca com cartão de crédito, depois reclamam que estão no vermelho
ResponderExcluirNão entendo essa galera que compra pipoca em cinema ou lanche em aeroporto... é muita vontade de jogar dinheiro no lixo pagando o triplo do que custaria em qualquer outro lugar.
ExcluirSeu Madruga, o tal combo pipoca + refri em BH ta em torno de 30,00 a 45,00 (dependendo do tamanho)
ResponderExcluirEm casa, a pipoca e o refri não se gasta R$ 7,00 e ainda assiste no conforto de casa rsrs
Zerar a vida é:
ResponderExcluirPrimeiro lugar geral na AMAN/Infantaria
Passar pra Auditor Fiscal
Passar pra Prático e ganhar 100k por mês
Viajar o mundo inteiro
1,90m, 95kg de músculo, boa aparência
Pegar todas as mulheres mais gatas que existem
Sim, esse cara existe e eu o conheço. Esse é o verdadeiro liferuler que zerou a vida
ótimo texto.
ResponderExcluirPena que a maioria que necessita dessa leitura nem por aqui passa.
Podemos ir mais longe se buscarmos por isso parabéns
ResponderExcluir