quinta-feira, 9 de abril de 2020

Minha incrível jornada de estagnação financeira

Olá, meus caros, no post de hoje contarei para vocês o que fiz nesses últimos dois anos de sumiço, a começar pela minha vida profissional. 

Como alguns de vocês devem saber, tenho uma pequena empresa prestadora de serviços, que é a minha principal fonte de renda (ou pelo menos deveria ser).

No momento a empresa é composta por quatro sócios, uma secretária e um estagiário. Esqueçam a secretária e o estagiário, pois eles não têm relevância para o que vou contar.

Um dos sócios é bem mais velho, mais experiente e mais conhecido no mercado. Ele é o motor político da empresa e o grande captador de novos clientes.

Os outros três sócios (o qual me incluo) cuidam do trabalho técnico, passando o dia inteiro botando a mão na massa. Claro que nós três nos esforçamos para captar novos clientes também, mas estamos sempre abarrotados de trabalho, então o networking e a captação de clientes acaba ficando na mão do sócio mais velho mesmo.

O sócio mais velho e eu.
As coisas estavam indo relativamente bem até que, em 2018, o sócio mais velho assumiu uma posição de destaque dentro da maçonaria.

Maçonaria, como vocês devem saber, é uma instituição centenária formada por homens que se associam para idolatrar o capiroto exercer as virtudes da fraternidade, cidadania, ética etc.

"Com essa minha nova função lá dentro, garanto para vocês que muitas portas se abrirão para a nossa empresa, pois estarei em contato direto com a elite do empresariado do nosso estado", prometeu o sócio mais velho. 

Naturalmente fiquei empolgado, e comecei a sonhar acordado com todo o dinheiro que ganharíamos graças à posição de destaque alcançada por nosso sócio dentro daquela instituição.

Eu atrás da árvore esperando meu sócio mais velho captar dezenas de novos clientes
Foi dentro desse contexto que o sócio mais velho passou a se dedicar com força às atividades maçônicas, planejando as reuniões e eventos sociais, resolvendo as briguinhas de ego entre o maçom A e o maçom B, comparecendo no velório do maçom C, visitando a esposa do maçom D no hospital, ligando pro maçom E para parabenizá-lo pela aprovação do filho no vestibular de artes cênicas, ligando pro maçom F para parabenizá-lo pela primeira menstruação da filha dele, enfim, dezenas de ligações todo santo dia, para tratar de todo tipo de fuleiragem.

Eu particularmente fiquei um pouco incomodado com tantas ligações telefônicas dentro do ambiente de trabalho, pois isso atrapalhava minha concentração.

De qualquer forma, fui bem tolerante com a situação, já que essa atividade social do sócio mais velho se converteria em dezenas de novos clientes para a nossa empresa, certo?

Errado. 

Expectativa / Realidade
O fato é que o sócio mais velho, embora estivesse de corpo presente diariamente na nossa empresa, passou a se dedicar completamente à gestão dele na maçonaria, ignorando o trabalho de captação de clientes que ele fazia anteriormente.

O tempo foi se passando e ele simplesmente não captava cliente algum, agindo como se tivesse sido dominado por algum tipo de retardo mental que o fazia priorizar uma atividade voluntária e não remunerada em vez de focar na empresa que garante o nosso ganha pão de cada dia.

Sem novos clientes e serviços, com o passar dos meses as receitas da nossa empresa foram minguando, até se tornarem insuficientes para cobrir as despesas mensais. 

Começamos a girar no negativo, tendo que tirar dinheiro da reserva de emergência da empresa para arcar com as despesas fixas e mantê-la em funcionamento.

Como não estava entrando dinheiro nem mesmo para bancar a existência da empresa, evidentemente que não tínhamos lucro para distribuir aos sócios, então tive que contar com minha reserva de emergência particular para enfrentar o período de seca.
Na pindaíba
A princípio fiquei puto em silêncio, inocentemente acreditando que aquilo era apenas uma situação passageira e que o sócio mais velho cumpriria o que prometeu e captaria uma enxurrada de clientes novos.

Com a reserva de emergência da empresa diminuindo drasticamente e os ânimos se acirrando, eis que veio a gota d'água: não satisfeito em ficar meses sem captar um cliente sequer, o sócio mais velho chamou uma reunião e perguntou se a gente concordava em prestar um serviço para um cara da maçonaria, mas com um pequeno detalhe: o serviço seria gratuito, pois o cara estava passando dificuldades financeiras.

Você só pode estar de sacanagem com a minha cara
Esse pedido indecente emputeceu todo mundo, e resultou em uma discussão acalorada em que eu tive a oportunidade de botar pra fora todo o estoque de comentários passivo-agressivos que eu estava estocando na minha mente durante um bom tempo.

No fim das contas, o sócio mais velho recuperou a lucidez e reconheceu que vacilou nos últimos meses.  Depois disso, felizmente, ele tomou vergonha na cara e começou a se esforçar pra mostrar serviço dentro da nossa empresa, retomando o trabalho de captação de clientela.

O problema é que já era tarde demais pra salvar o ano de 2018. Passamos o resto daquele ano apenas repondo a reserva de emergência da empresa, sobrando pouco ou nada para distribuição de lucro. 

Chegamos em 2019 com a reserva de emergência da empresa devidamente recomposta, o que melhorou nossas distribuições de lucro, e me permitiu recompor a minha própria reserva de emergência que eu havia consumido no ano anterior.

Resumindo, 2018/2019 foram anos perdidos em termos de evolução patrimonial, em especial graças ao coleguinha que, por algum motivo obscuro, achou que seria uma excelente ideia parar de fazer seu trabalho e quase quebrar a empresa.

O ano de 2020 começou relativamente bem, o que me fez acreditar que eu finalmente entraria em uma temporada de aportes pomposos.

Só que agora a pandemia de coronavírus paralisou o país e fechou a minha empresa até sabe-se lá quando. Se essa situação demorar demais para se resolver, provavelmente amargarei mais um ano de estagnação financeira.

Comecei 2020 animado, agora estou preocupado
Então é isso, meus amigos. Hoje vim aqui só para dizer que, nesses últimos dois anos, financeiramente eu não saí do lugar.

Apesar dos infortúnios, já recompus minha reserva de emergência, não precisei resgatar meus investimentos, vender o apartamento ou alguma outra atitude mais drástica, então você há de convir comigo que poderia ter sido bem pior.


No post que vem eu volto pra compartilhar mais coisas que andei fazendo nesses últimos anos - coisas bem mais interessantes do que quase falir uma empresa.

Aquele abraço!

domingo, 22 de março de 2020

Como morrem os blogs


Para o desgosto do comentarista acima, estou de volta. Olá a todos.

Quando comecei com o Seu Madruga Investimentos, em 2015, eu era um jovem ainda na casa dos vinte anos, que inocentemente acreditava que o blog seria o registro de como em poucos anos eu atingiria a independência financeira.

Com o tempo eu fui vendo que, pelas escolhas profissionais que fiz, essa independência financeira não viria tão rápido assim. Percebendo isso, parei de me dar ao trabalho de registrar meu patrimônio aqui no blog e pedi licença pra deixar o ranking da blogosfera criado pelo saudoso Pobretão de Vida Ruim e mantido por outras pessoas depois que ele se foi. 

O tempo foi passando e meu interesse em ler compulsivamente blogs e livros de finanças pessoais foi diminuindo. Eu continuava (e continuo) sendo uma pessoa frugal e comprometida em acumular patrimônio, mas parei de sentir a necessidade de ler e falar sobre isso o tempo todo.

Daí vem o título do post de hoje: Como morrem os blogs

Se você se pergunta por qual razão tanta gente deixa a blogosfera de finanças, releia o que escrevi até aqui. Geralmente é imbuído dos sentimentos mencionados acima que a maioria dos blogueiros vai diminuindo o ritmo, até que fazem um post se despedindo ou, como é mais comum, desaparecem sem cerimônias.

Quando me deparei com essa "crise de identidade bloguística", resolvi dar uma sobrevida ao Seu Madruga Investimentos.

Parei de escrever sobre alocação de meus recursos e comecei a focar mais em narrar a burrice de pessoas de minha convivência na forma como elas lidavam com dinheiro, bem como outras situações cotidianas. 

Foi com essa mudança de postura que o blog alcançou um relativo sucesso dentro da blogosfera, com um grande quantidade de visualizações diárias e centenas de comentários por posts. 

Com esse "sucesso", algumas pessoas começaram a agir como consumidores insatisfeitos, reclamando da falta de regularidade dos meus posts e agindo como se eu tivesse alguma obrigação de mantê-los entretidos mediante postagens frequentes. 

Essa cobrança foi me desanimando e resolvi ficar um tempo sem acessar o blog. Aperte o botão de fast forward do seu walk-man e pronto, esse "um tempo sem acessar o blog" se transformou em dois anos. 

Depois de dois anos de sumiço eu vejo agora que, naturalmente, o tráfego do blog teve uma queda substancial. Foi exatamente isso que me motivou a retomar a blog:  a possibilidade de lidar com um ambiente diminuído, sem um exército de pessoas exigindo conteúdo como se estivessem me pagando para isso, quando na verdade não estão. 

E este post de reestreia não poderia ser mais desanimado. É que, pra vocês verem o meu grau de alienação sobre os acontecimentos na blogosfera de finanças, só agora tomei conhecimento que o Viver de Construção morreu no meio de 2018, e escrevi o post de hoje sem conseguir digerir direito essa informação. 

VDC era um cara bom, parecia que não tinha nenhuma maldade dentro dele. Ele se dedicava ao blog com uma frequência que não me parecia muito saudável (muitas vezes posts diários), e se deixava afetar por trolls e comentários negativos. Já tive vontade de chamá-lo nos bastidores e sugerir que ele tocasse o blog dele de uma forma menos "serious business", mas acabei não tomando a iniciativa para evitar rusgas. Tudo isso é passado, a única certeza que fica é que perdemos um bom homem. 

O que mais eu perdi nesses dois anos? Quem está mantendo o ranking mensal dos blogueiros? Guardião do Mobral já é bilionário? O filho do Uó já está na universidade? Investidor Troll casou com alguma garota de programa? Soul Surfer se arrependeu de pedir exoneração do cargo? Corey celebrou bodas de ouro com a Bia? Mestre dos Centavos conseguiu juntar mais de mil reais? 

Lerei o blog dos amigos para me atualizar, mas se alguém puder resumir eu agradeço.

Aquele abraço e até a próxima!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Crônicas da Matrix Financeira: Vanessa, a europeia

Como eu tive a oportunidade de contar pra vocês no post "A Assessora", em um passado não muito distante Vanessa ocupou um cargo comissionado que lhe garantia uma remuneração de aproximadamente R$ 7k/mês.

Ela se empolgou com o padrão de vida que a sua remuneração podia lhe proporcionar e, a partir de então, passou a incorporar a jovem independente que havia vencido na vida e tinha condições de usufruir do bom e do melhor que o mundo pode oferecer. 

Vanessa saiu da casa dos pais e alugou um imóvel para morar sozinha, financiou um carro e encheu suas redes sociais de fotos de viagens, pratos sofisticados e seus "looks do dia".

Seu mundinho colorido de ostentação e consumismo desenfreado desmoronou quando ela foi exonerada do cargo comissionado e se viu no olho da rua, com uma mão na frente e outra atrás.

Como em momento algum Vanessa pensou que guardar parte de sua renda mensal seria uma boa ideia, ao ser exonerada ela se viu completamente sem dinheiro, não lhe restando outra alternativa a não ser desocupar o apartamento que morava, voltar a viver com os pais e jogar para cima deles as suas dívidas, incluindo-se aqui o financiamento do carro. 

Depois disso Vanessa se aventurou como advogada em um escritório de advocacia. Enquanto fingia ter tudo sob controle, ela ganhava módicos R$ 1,8 mil/mês e trabalhava igual uma cachorra, tendo que continuar dependendo de seus pais, já que era incapaz de se sustentar como fazia nos seus dias de assessora.

Esse é um breve resumo dos posts anteriores, e já passou da hora de contar pra vocês a continuação dessa história, então senta na cadeirinha que lá vem desgraça. 

Crônicas da Matrix Financeira: Vanessa, a europeia

Depois de ser mandada embora do escritório de advocacia e se ver novamente desempregada, Vanessa não estava muito otimista com o seu futuro em terras brasileiras.

A partir de então ela resolveu viver fora do país, preferencialmente em algum lugar que valorizasse uma jovem de enorme potencial como ela, e traçou o seguinte plano de imigração: 

1) Vender o carro, embolsar a grana e ter capital o suficiente para se bancar por alguns meses fora do país.
2) Ser aprovada no mestrado de alguma universidade europeia (parece difícil mas não é, tem muita universidade no velho mundo oferecendo mestrados em inglês e com o coração aberto para receber brasileiros dispostos a pagar mensalidade). 
3) Mudar para o país em que fará o mestrado.
4) Cursar o mestrado ao mesmo tempo em que tenta arranjar emprego.
5) Após conseguir emprego e estabilidade financeira, ficar na Europa para todo o sempre.

Ah, o velho mundo!
Com o dinheiro da venda do carro no bolso e devidamente aprovada em um mestrado na Espanha, Vanessa começou a planejar a sua mudança do terceiro mundo para o primeiro.

Ela pegou o avião rumo à Espanha certa de que o Brasil não lhe ofereceu as oportunidades profissionais que merecia, sem em nenhum momento cogitar que talvez sua incapacidade de se sustentar seja culpa exclusivamente sua, e não uma conspiração nacional contra o seu enorme talento.

hashtag partiu espanha
Em terras espanholas Vanessa passou a morar no quartinho de uma pensão, frequentar as aulas do mestrado e compulsivamente postar fotos de sua nova vida nas redes sociais.

Apesar de já ter gasto uma parte relevante do dinheiro da venda do carro com passagem aérea, mensalidade do mestrado e adiantamento do aluguel do quartinho, Vanessa não resistiu à tentação de fazer uma viagem à Bélgica, postando dezenas de fotos de Bruxelas e Bruges em suas redes sociais.

"Vou ali na Bélgica rapidinho, a passagem está só € 69 (+ € 23 da franquia da bagagem, + € 120 euros de deslocamento pra chegar e sair dos aeroportos no cu do mundo em que a Ryan Air opera)". 
De volta à Espanha, Vanessa lembrou que sua grana não duraria para sempre e percebeu que chegou a hora de colocar em prática a parte mais importante de seu plano: arranjar emprego.

Se ela realmente se esforçou pra arranjar emprego eu não sei, afinal, eu não estava na Espanha pra ficar monitorando a vida dela.

Mas o fato é que ela não conseguiu trabalho algum, o que muito provavelmente tem a ver com o fato de que ela não fala espanhol direito e a Espanha está longe de ser o melhor lugar do mundo para quem busca emprego.

Vai lá arranjar emprego em um dos países com mais desempregados na Europa
O desemprego de Vanessa foi se prolongando no tempo e, como consequência, o dinheiro da venda do carro foi diminuindo.

Com menos de um semestre na Espanha o dinheiro de Vanessa se encontrava no volume morto - só tinha o necessário para comprar a passagem de volta ao Brasil -, e ela passou novamente a depender de dinheiro enviado pelos pais.

Para os pais de Vanessa, sustentá-la no Brasil era fácil. O mesmo não se pode dizer em relação a bancar a filha na Europa, tendo que pagar aluguel, mensalidade de mestrado, alimentação e outras coisas mais.

Vendo que não iam dar conta do recado, os pais de Vanessa lhe disseram que ela deveria arranjar um emprego o quanto antes, do contrário teria que retornar ao Brasil.


Percebendo que sua aventura europeia não ia ter final feliz, Vanessa deixou a dignidade de lado e lançou uma campanha, no Facebook e Instagram, pedindo a colaboração de seus amigos e familiares para ajudar a financiar o seu mestrado na Espanha, mediante transferência de dinheiro para a sua conta bancária, tendo como meta o montante de R$ 25 mil, quantia que seria suficiente para bancar os meses em que ainda tinha que ficar na Europa para cumprir as aulas presenciais do mestrado.

Ao perceber que mendigar nas redes sociais não seria o suficiente, Vanessa partiu para a encheção de saco "corpo a corpo", mandando mensagens individuais para cada um de seus amigos e familiares no WhatsApp explicando a sua situação e indicando a conta bancária para que lhe transferissem dinheiro.

Não me considero amigo de Vanessa, nem sou familiar. Sou apenas namorado da prima dela, um mero "agregado", e mesmo assim recebi mensagem da mendiga europeia no WhatsApp, pedindo contribuição para financiar seus estudos e afirmando que o quartinho dela na Espanha estaria de portas abertas para todo mundo que contribuísse. 

Minha reação quando recebi a mendigagem de Vanessa no WhatsApp
Comovida com a situação financeira da patricinha, a família de Vanessa se mobilizou em massa para ajudar, inclusive fazendo um "listão" no WhatsApp com o nome de todos os familiares, e ao lado do nome a quantia que cada pessoa doou. 

Doeu na minha alma ver que "Madruga" estava naquele listão, e ao lado do meu nome havia um zero bem redondo indicando que eu não havia doado nada até aquele momento, mas que todos esperavam que eu doasse, sob pena de ficar com o filme queimado perante a família de Vanessa, que por acaso também é a família da minha namorada.

Me amarraram direitinho nesse sofisticado esquema de esmola baseado no constrangimento público, e em nome da paz social transferi R$ 100,00 para a conta de Vanessa e procurei esquecer desse assunto.

Adeus, cem reais
Somente de doações de familiares, em especial graças às tias ricas, Vanessa arrecadou R$ 4,2 mil.

Provavelmente ela arrecadou mais do que isso, já que também recebeu doação de amigos, ex-colegas de trabalho e homens aleatórios que acham que doar dinheiro neste momento poderá garantir uma fornicação no futuro.

Depois de tanto esforço coletivo, Vanessa postou uma mensagem nas redes sociais dizendo que não conseguiu arrecadar os R$ 25 mil necessários para concluir o mestrado, que retornaria ao Brasil dentro de duas semanas e que mal podia esperar para ver todas as pessoas queridas.

A mensagem de Vanessa acerca da desistência do mestrado e de seu imediato retorno ao Brasil deixou no ar uma dúvida relevante: o que vai acontecer com o dinheiro arrecadado

Ora, se ela fez toda uma campanha para juntar bufunfa com o objetivo de continuar no mestrado, e no fim das contas ela não vai continuar no mestrado e retornará imediatamente ao Brasil, deveria devolver o dinheiro aos doadores, não é mesmo?

Só que não foi isso que aconteceu.



Vanessa não fez absolutamente nenhuma menção à destinação que daria ao dinheiro doado pelos financiadores do mestrado, situação que aliás permanece até a presente data.

De volta ao Brasil, tive a oportunidade de encontrar Vanessa na festa que a família dela fez para recepcioná-la.

Bem vinda de volta e parabéns por conquistar um mestrado incompleto
Na festa em questão, minha namorada veio até mim, apontou discretamente para o celular que Vanessa tinha em mãos e sussurrou: "pra você que não para de reclamar que Vanessa roubou seus cem reais, olha ali o que ela comprou com o seu dinheiro".

Eu não sou nenhum especialista em smartphone, mas pelo que a Madruguete me disse, Vanessa tinha em mãos um Samsung Galaxy S8 Plus comprado uma semana antes de retornar ao Brasil.

Pelo que pesquisei, aqui no bananal o celular em questão não sai por menos de R$ 3,3 mil, então sim, tudo indica que Vanessa transformou o dinheiro que todo mundo doou para financiar seus estudos em um smartphone de primeira linha.

Minha reação tentando ganhar a vida honestamente com meu celular de quinta categoria no bolso enquanto a bandida ostenta um Samsung Galaxy S8 Plus
Sabe quando um mendigo te aborda na rua pedindo dinheiro pra comprar comida, mas você sente que ele quer comprar cachaça ou crack? Pra mim Vanessa fez uma picaretagem parecida, pois pediu dinheiro pra "financiar estudos" e usou pra comprar celular antes de retornar ao Brasil. 

Seja como for, o fato é que ela já está de volta ao nosso querido país, novamente morando com os pais e vivendo de mesada enquanto procura emprego e reclama que "não tá fácil".

A não ser que "mestrado incompleto" anotado no currículo sirva para alguma coisa, sua aventura europeia foi o mais puro desperdício de tempo e dinheiro, isso sem mencionar a queimação de filme, pois certamente não fui o único que senti que Vanessa foi desonesta e roubou todo mundo.

Ainda estou pensando se vale a pena constranger Vanessa e exigir meus cem joesleys de volta, mas por ora acho que não vale a pena. Se vocês acharem que vale a pena comprar essa briga, me digam aí que eu posso rever meu posicionamento.

Aquele abraço! 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Mais vivo do que nunca

Galera, passando aqui só pra avisar que estou vivo. Amanhã tirarei o dia para fuçar o blog dos colegas e ver o que perdi nesses 40 dias em que me ausentei.

Na próxima quinta-feira (22) terá post novo e será a continuação da história de Vanessa, que já vem sendo contada aqui no blog desde 2016. 

Então se você não quiser ficar completamente perdido na leitura do post que está por vir, sugiro que leia os posts antigos linkados abaixo:


Abraços e até quinta!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...