domingo, 27 de setembro de 2015

Fato relevante: redução nos aportes

Olá, pessoal, tudo bem? Por aqui tudo ruim, pois terei que reduzir os aportes para pagar uma despesa de R$ 15 mil.


Minha empresa tem 4 sócios (eu e mais três), cada um com 25% de participação. O capital social é de R$ 100 mil, logo cabia a cada sócio integralizar R$ 25 mil.

Há um tempo atrás eu integralizei R$ 10 mil, ou seja, de minha parte ficou faltando R$ 15 mil.

Bom, a novidade é que resolvi parar de empurrar com a barriga a hora de integralizar esses R$ 15 mil faltantes. Por conta disso, reduzirei o valor de meus aportes para amortizar mês a mês os quinze contos até zerá-lo.

Não faço a mínima ideia de quanto tempo terei que manter essa política de aportes reduzidos... é difícil fazer uma previsão pois não tenho remuneração fixa. Só espero que seja rápido!

Um esclarecimento: é claro que minha participação societária é um ativo, mas não contabilizo participação societária como ativo neste blog, e é por isso que estou tratando a situação acima narrada como se fosse uma despesa.

Sem mais para o momento, desejo a todos uma boa semana!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Tempos de crise e entrevistadores babacas

Tempos de crise

Além das atividades usuais, setembro tem sido repleto de análise de currículos e realização de entrevistas com candidatas à vaga de secretária que se encontra em aberto aqui na empresa.

Já recebemos quase quarenta e-mails de moças interessadas, e eu sinceramente não faço a mínima ideia de onde tanta gente está surgindo e como diabos ficaram sabendo da vaga de emprego em questão.

Além dos e-mails, algumas pessoas enfiaram seus currículos por baixo da porta de vidro da empresa, outras interfonaram e fizeram questão de entregar currículo em mãos, enfim, o pessoal está brotando de todas as formas possíveis para se candidatar à vaga.

Isso me surpreende um pouco, pois em ocasiões passadas já anunciei essa mesma vaga com muito mais intensidade (em grupo de empregos do Facebook com mais de 150 mil membros, por exemplo) e o feedback era bem menor. 

Outra coisa que foge à normalidade é a quantidade de gente que, em ligação telefônica ou no corpo do e-mail, vem manifestando um certo desespero, algo do tipo "me contrata, pelo amor de Deus!" (não necessariamente com essas palavras).
Enfim, são os efeitos da crise, pelo visto muita gente já está pagando a conta que nosso Estado obeso mórbido e ineficiente está tentando enfiar enfiando goela abaixo do povo.

Uma salva de palmas para o Partido "dos Trabalhadores"

Entrevistadores babacas

Mudando levemente de assunto, essa bateria de entrevistas com pessoas interessadas em trabalhar aqui me lembrou das vezes em que saí por aí à procura de estágio e/ou emprego, em que muitos entrevistadores pareciam ter sido tomados por um complexo de todo-poderoso pelo simples fato de estarem realizando a entrevista.

A boa notícia é: quando você tiver sua própria empresa e precisar entrevistar alguém, você não precisa reproduzir esse comportamento babaca!

Basta seguir as seguintes dicas:

1) Não custa nada ter respeito com todo mundo que se candidatar à vaga, independentemente do grau de instrução ou de experiência. Mais tarde você pode pagar de rambo-de-teclado e descer o cacete no seu blog tipo eu fiz ali em cima, mas no frente-a-frente você não precisa estragar o dia de uma pessoa que só quer trabalhar.

2) Meu amigo, se durante a entrevista você disser "entrarei em contato contigo, mesmo que seja pra avisar que contratamos outra pessoa", CUMPRA SUA PROMESSA.

3) Pare de bancar o psicoterapeuta que está analisando a fundo a alma do entrevistado e enfie perguntas do tipo "Qual é o seu maior defeito?" e "Se você fosse um animal, qual animal seria?" no meio do seu cu.

4) A pessoa está ansiosamente aguardando por uma resposta e você sabe disso, então se você já tiver uma decisão, dê a resposta o mais rápido possível. Em outras palavras: se na sexta-feira você já sabe que quer contratar o fulano, não espere até segunda-feira para dar a notícia. Para o bem ou para o mal, não deixe ninguém ansioso, nervoso, triste, eufórico ou desiludido desnecessariamente.

De uma maneira geral, não se ache o pica das galáxias só por você ter algo que a pessoa quer (vaga de emprego). Use a entrevista com o único objetivo de conhecer a pessoa em carne e osso, perguntar detalhes sobre o passado profissional dela, esclarecer dúvidas, e não para massagear o próprio ego como tanta gente faz, botar alguém pra baixo ou fazer perguntas impensadas, sádicas e de pouca ou nenhuma utilidade prática.

Em suma, é possível deixar de reproduzir o comportamento babaca que permeia boa parte das entrevistas de emprego, e isso não demanda muito esforço.  

Abraço e boa quarta-feira!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Privilegiados e seus discursos

Durante algum tempo hospedei gringos via Hospitality Club.

Hospedar esse monte de gringos só ampliou minha percepção de que em alguns países do mundo a vida é simplesmente muito fácil, ao ponto de você não precisar ir muito além da mediocridade para conseguir viver com conforto.

É por isso que muita gente de país desenvolvido se dá ao luxo de, após terminar um curso universitário, tirar uns meses sabáticos para viajar por aí. Eles sabem que a vida é tranquila e que mesmo depois de um ano coçando o saco no exterior, não terão dificuldade em arranjar emprego ao retornar aos seus respectivos países.

Também hospedei muito gringo que simplesmente largou o emprego para passar seis meses ajudando indígenas subnutridos no Peru, ensinando inglês em favela do Rio de Janeiro, se drogando na Tailândia e coisas do gênero. Ora, para eles não há o que se preocupar, depois de ajudar os oprimidos ou festejar à vontade sempre há a possibilidade de retornar para o país desenvolvido em que nasceram e viver com dignidade sem muito esforço.

Onde quero chegar com isso? À conclusão de que é muito fácil pagar de "o cara que largou tudo para fazer o que realmente gosta" quando você sabe que pode sempre voltar pro seu país de primeiro mundo onde a vida é fácil e qualquer retardado que por coincidência nasceu ali não precisará se preocupar muito com emprego, moradia, saúde, segurança etc.

A mesma lógica se aplica ao brasileiro que tem as extravagâncias bancadas por uma família abastada, a exemplo de uma menina que tenho no meu Facebook, cujo pai é sócio em uma construtora das grandes. Ela fez cinema na UFSC e hoje em dia não faz nada na vida além de ter um instagram sobre moda feminina com 1500 seguidores enquanto mora no Leblon, onde o aluguel de um imóvel custa mais caro que a venda das minhas córneas e rins no mercado negro.

Antes que esse post comece a parecer uma manifestação de repúdio contra pessoas privilegiadas, preciso esclarecer que esse não é o caso: não acho que uma pessoa deveria se envergonhar por nascer com algum privilégio, e queria eu ter nascido num país onde a vida é fácil, ou ao menos que minha família limpasse a bunda com nota de R$ 100. O problema é quando você nasce em berço de ouro e fica postando coisa do tipo "viaje. sem desculpas. apenas viaje.", como se "pagar as próprias contas", ter medo de perder o emprego e "formar um patrimônio pra não ser um fudido na vida" fossem desculpinhas fajutas para não realizar o iluminado ato de viver a vida.

O objetivo do post é alertar você que é tupiniquim e não nasceu em família rica: muito cuidado com papos do tipo "é só fazer o que você ama que vai dar tudo certo" e notícias do gênero "Casal dinamarquês larga emprego estável pra vender couve-flor orgânico em Teixeira de Freitas". Esse discurso nasceu em países onde as pessoas têm para onde correr caso tudo dê errado, e é propagado aqui no Brasil como se fosse igualmente aplicável. Abre o olho, meu amigo, tratam-se de realidades distintas, e falhar no Brasil tem consequências muito mais drásticas do que falhar na Escandinávia, por exemplo.

Não estou insinuando que você deve abandonar seus sonhos, apenas te alertando que você tem que ter um milhão de vezes mais cautela e preocupação com formação do patrimônio financeiro do que a turminha do "faça o que você ama que tudo vai dar certo" sugere, até porque seguir o discurso em questão nem de longe significa garantia de sucesso.

Abraço!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Por uma divisão justa da conta

Ontem à noite cheguei do trabalho, comi minha janta, deitei na cama e iniciei meu plano de assistir séries até pegar no sono. 

O telefone tocou. Era um amigo que está prestes a se mudar para as profundezas de Minas Gerais, onde assumirá um cargo público.

_ "Madruga, vou pra Minas amanhã, resolvi reunir umas pessoas na pizzaria X, dá uma passada lá!"

Como a pizzaria em questão é literalmente do lado do prédio onde moro, resolvi descer e sentar um pouco à mesa com meu amigo e o bando de semi-conhecidos que estavam ali presentes.

Sentei e fiquei ouvindo os assuntos aleatórios dos semi-conhecidos. "Blá blá blá SICOOB é o melhor banco blá blá blá meu emprego é o mais importante do universo blá blá blá Kayke é melhor que Guerrero" e todo tipo de papo onde eu sentia que eu não tinha absolutamente nada pra acrescentar, por mais que estivesse me esforçando para interagir. 

Como eu já tinha jantado em casa, não consumi nada na pizzaria, simplesmente fiquei ali sentado enquanto as outras 12 pessoas deitavam e rolavam em pizzas, cervejas, refrigerantes e outros quitutes. 

Passado um tempo, chegou a hora de pagar a conta e o pessoal começou a fazer os cálculos: "R$ 486 dividido por 13... dá R$ 37,38 pra cada um". 

Dividiram a conta por 13.

Minha reação quando me toquei que, mesmo sem ter consumido nada, me enfiaram na partilha da conta
_ "... cara, me tira dessa, eu não consumi nada", foi o que me restou dizer.

_ "credo,  não quer pagar R$ 37, tá passando necessidade?", disse um babaca que se acha engraçadinho.

_ "Não sou seu pai nem seu namorado pra pagar a sua conta", quis ser engraçado também, mas acabei soando meio agressivo. 

_ "Tá maluco, rapá?!", disse o filho da puta desconhecido num tom mais nervosinho.

Meu amigo acalmou os ânimos e, ainda com um clima de constrangimento no ar, me excluíram da partilha da conta, despedi-me do meu amigo e subi pro meu apartamento.

Deitei e fui dormir. Hoje acordei e no celular tinha uma mensagem de um outro amigo, que sequer estava na pizzaria: "coé pão duro kkkkkkkkk"

Arrependimento de não ter ficado em casa ontem à noite
Caros leitores deste blog, só vislumbro dois jeitos justos de se pagar uma conta:

1) cada um paga exatamente o que consumiu.
2) a conta é dividida em partes iguais para todos, contanto que a diferença de gasto entre cada um dos pagantes seja irrisória (por exemplo, A gastou R$ 20, B gastou R$ 21, C gastou R$ 19 etc).

Sempre tem um retardado para propor "ah, divide a conta entre todo mundo que tá bom!". Não, não tá bom, ninguém decide se você deve jogar o seu dinheiro fora ou não. Você não tem que pagar por 20 garrafas de cerveja que não consumiu. Você não tem que pagar pelo petit gateau de R$ 32,00 da gordinha que você nem conhece. Imponha-se sempre que alguém propuser uma divisão de conta esdrúxula e que lhe desfavorece. Melhor deixar um ou outro besta te achando pão duro do que dormir se sentindo roubado.

Abraço!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Desempenho agosto/2015

Olá pessoal, tudo nos conformes?

Vamos direto ao assunto:

Como vocês podem ver, meus últimos três meses foram bons em termos de crescimento patrimonial, em sua maioria graças aos resultados que a empresa vem dando, o que me permitiu alcançar a casa dos 60k neste mês de agosto.

1. Alocação do patrimônio:

Pois bem, a bufunfa está distribuída da seguinte maneira:

R$ 22.125,02 em CDB pré 15,4% venc. 16/08/2016.
R$ 12.474,66 em NTNB-P IPCA + 6,32% venc. 15/05/2019.
R$ 7.065,31 em LFT venc. 01/03/2021.
R$ 3.704,10 em LTN 13,42% venc. 01/01/2018.
R$ 4.124,75 em KNRI11.
R$ 3.899,60 em AGCX11.
R$ 3.978,00 em RNGO11.
R$ 3.084,24 em caderneta de poupança.
R$ 364,16 largados na conta da corretora.
Total: R$ 60.819,84.

2. Novidades na carteira:

Minha LCI venceu em agosto, então paguei R$ 22k em um CDB do Banco BES prefixado em 15,4% com vencimento em um ano. Previsão de rendimento superior a 1% a.m. líquido (a não ser que eu tenha feito besteira na hora de calcular). Agora é rezar pra não precisar do FGC.

Também estreei na renda variável comprando 51x RNGO11 a R$ 78,30, 4x AGCX11 a R$ 963,00 e 35x KNRI11 a R$ 116,79.

Em relação à renda variável, é exatamente assim que me sinto: 

Não faço ideia do que estou fazendo

3. Despesas extraordinárias:

Em agosto tive duas despesas que fogem à normalidade e comprometeram negativamente o aporte. A primeira foi a compra de um fogão (R$ 700,00) e a segunda foi a compra de passagem aérea (R$ 688,04), pois minha mãe tira férias agora em setembro e resolvi trazê-la pra cá. 

4. Empresa: 

Tirando a cagada da secretária que mencionei no post anterior, não há grandes novidades na empresa. Fechamos um contratinho aqui e outro ali, nada muito relevante que possa acelerar minha independência financeira.

O ritmo na empresa está bem tranquilo: nesse último trimestre tem entrado dinheiro sem muita pressão, sem necessidade de trabalhar à noite, fim de semana ou feriado.

Apesar da tranquilidade, continuo mantendo minha posição de que só vale a pena ter empresa se for pra ganhar bem mais que funça. Não vou me adentrar nesse assunto agora pois pretendo fazer um post especificamente sobre isso.

5. Vida pessoal:

5.1 Fogão:

Conforme mencionei nos últimos 135 posts, estava sem fogão desde novembro/2014.

Recebi o novo fogão há aproximadamente 15 dias e desde então parei de depender de restaurantes, delivery, comidas congeladas e todo aquele troço que te faz morrer antes dos 50.

Agora cozinho meu próprio almoço e levo para empresa numa marmita térmica. Também cozinho minha própria janta em vez de comer lixo.

Eu depois que comprei o fogão
Embora só esteja com o fogão há 15 dias, já senti a diferença no bolso. Cozinhar é infinitamente mais barato, disso ninguém tem dúvidas. Eu tento levar uma vida sem muitos gastos, e esse lance de não ter fogão realmente estava queimando muito dinheiro desnecessário.

5.2 Eurotrip

Apesar de ter ganhado passagens aéreas para a Europa, no momento encontro-me bastante desmotivado para planejar a viagem em questão, o que se dá por um motivo muito simples:

Que facada...
Felizmente eu tenho até o fim de 2016 pra indicar as datas que quero viajar, então talvez o cenário melhore até lá... ou não.

5.3 Livros lidos em agosto

O homem mais rico da Babilônia (George S. Clason)

Acredito que muitos aqui já leram ou pelo menos ouviram falar desse livro. Foi publicado em 1926 e fala sobre o básico das finanças pessoais, mas contado sob a perspectiva de gente que morava na antiga Babilônia há sei lá quantos mil anos atrás

O livro é fácil de ler e talvez traga lições valiosas para 99% da população brasileira, que em pleno século XXI ainda não descobriu que poupar dinheiro em vez de gastar igual uma vadia é uma boa ideia. Mas pra você, ser evoluído da blogosfera de finanças, talvez esse livro não seja de grande utilidade para fins de aprendizado.

Pra vocês terem uma noção do que estou querendo dizer, resumirei as principais ideias do livro em algumas palavras: 1) guarde uma porcentagem dos seus ganhos, 2) gaste menos do que ganha, 3) invista seu dinheiro, 4) não faça merda com seu dinheiro e 5) aumente sua capacidade de ganhar dinheiro.

Boas dicas? Sim, com certeza, porém não é nada de novo pra mim, e imagino que não seja nenhuma novidade pra vocês também, razão pela qual não recomendaria esse livro pra quem já tem noção da importância das coisas que enumerei acima.

Ele está de volta (Timur Vermes)

O nome do livro e a capa já dão uma ideia da premissa dele: Hitler acorda em um terreno baldio no meio de Berlim em pleno ano de 2011.

O livro é todo narrado sob a perspectiva do Hitler, que não faz a mínima ideia de como diabos ele está vivo e saudável em 2011 (a última coisa que ele se lembra antes de acordar é que estava dentro do bunker prestes a se matar enquanto o exército vermelho invadia Berlim).

Ele vai se atualizando sobre o que aconteceu na Alemanha e no mundo desde então, bem como sobre as novidades do mundo moderno (celular, controle remoto, internet, youtube, reality shows etc). Tudo é narrado sob o ponto de vista do próprio Hitler, com as opiniões dele sobre o assunto, o que costuma ser engraçado.

Achei a ideia do livro bem interessante, e lembro que na época que ele foi lançado rolou um bafafá muito grande na Alemanha, pois lá o Hitler não costuma ser motivo de piada.

Um ponto negativo do livro é que em alguns momentos o autor faz piadas ou referências a coisas que só quem mora na Alemanha vai entender do que se trata, então acabei não captando um ou outro trecho do livro. Não é algo grave ao ponto de atrapalhar a leitura ou o entendimento da trama.

Enfim, é um livro com uma ideia interessante, longe do que eu chamaria de fantástico, mas ainda assim bom pra passar o tempo.

6. Fim do post

Sem mais para o momento, desejo aos nobres colegas um setembro profícuo, exitoso, proveitoso, frutífero, rendoso, lucrativo e proficiente!
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