segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Nos bastidores do empreendedorismo fofo

Hemorróidas cresceram no meu cérebro depois que assisti o vídeo abaixo:


Pra você que por qualquer motivo que seja não pode ou não quer assistir o vídeo, vou resumi-lo:

O cara basicamente diz que empreender é não se conformar com injustiças, é você se apaixonar pela oportunidade de encontrar problemas e solucioná-los, que o empreendedorismo atual não é mais pelo dinheiro, mas sim uma missão e um propósito, que o dinheiro é só um meio, e que o fim é gerar valor para a sociedade.

Enfim, a mensagem que o cara se propõe a passar no vídeo pode ser resumida da seguinte forma: empreender pelo dinheiro é coisa do passado, o negócio agora é empreender por um mundo melhor.

Como me sinto toda vez que ouço esse papo
Provavelmente vocês já ouviram antes esse discurso do "empreender por um mundo melhor". Eu não sei se esse discurso tem um nome próprio, então aqui neste post vou chamá-lo de empreendedorismo fofo, pois você há de convir comigo que é um papo bem bonito.

O discurso do empreendedorismo fofo em regra é propagado por três grupos de pessoas:

O primeiro grupo é constituído pelos empreendedores de sucesso que, só depois que ganharam rios de dinheiro, adotaram o discurso de "fazer a diferença no mundo", e agem como se mudar o mundo fosse seu objetivo principal desde o começo de suas trajetórias.

Exemplo: Mark Zuckerberg. Primeiro ficou rico, e depois veio com o papo de que seu objetivo sempre foi fazer a diferença no mundo. Tá certo.
O segundo grupo é constituído pelas pessoas que não se encaixam no primeiro grupo, mas que divulgam o discurso do empreendedorismo fofo com um único objetivo: aumentar o próprio patrimônio.

Exemplo clássico de um membro do segundo grupo: essa moça aí, ou o cara do vídeo no começo do post. 
Por fim, o terceiro grupo é representado por pessoas ingênuas que acreditam que as pessoas do primeiro grupo realmente tinham "mudar o mundo" como objetivo principal quando começaram a empreender, e que acreditam que as pessoas do segundo grupo tem algum objetivo diverso de ganhar dinheiro vendendo um discurso fofo, bonito e vendível.

Exemplo clássico de membros do terceiro grupo
Os três grupos acima não são tão fáceis de entender numa primeira leitura, mas eles resumem bem o que há por trás do discurso do "empreendedorismo fofo".

Por mais bem intencionado que você seja, fique então ciente de que só existe um motivo racional para se abrir uma empresa: a perspectiva real de ganhar dinheiro.

Não abra uma empresa motivado pelo conto do empreendedorismo fofo. Aliás, não abra uma empresa por qualquer motivo que seja, a não ser que esse motivo seja a possibilidade de ser bem recompensado financeiramente pelo risco ao qual você está se sujeitando.

Se por acaso você tiver uma ideia que contribui para um mundo melhor, só a coloque em prática por meio do empreendedorismo se você tiver expectativa de que essa ideia traga um bom retorno financeiro.

Se você tiver uma ideia que em nada contribui para um mundo melhor, mas que é atividade lícita e traz boa perspectiva financeira, coloque-a em prática sem se importar se ela é fofinha ou não.

Não é a capacidade de construir um mundo melhor que deve determinar se você deve abrir uma empresa ou não, mas sim a perspectiva de retorno financeiro ao se executar atividade lícita, por mais inútil que a atividade possa parecer.

Se você sente uma necessidade enorme de contribuir para um mundo melhor, mas acha que essa sua vontade de contribuir não traz retorno financeiro, vá fazer trabalho voluntário, ajudar a APAE, criar uma ONG, abraçar mendigo na rua, qualquer coisa menos abrir uma empresa.

Empresa é pra se fazer dinheiro dentro dos limites da lei, meus caros. Não se iludam com esse papo arco-íris de "se apaixonar pela oportunidade de resolver problemas e solucioná-los" e toda a retórica desprovida de fundamentos que acompanha o discurso do empreendedorismo fofo.

Sonho com um país melhor e, de formas que não convêm mencionar neste post, faço a minha parte para que isso aconteça.

No entanto, no quesito empreendedorismo, peço a todos que coloquem o pé no chão, deixem o romantismo de lado e sejam racionais: empresa é pra ganhar dinheiro. Todas as pessoas do primeiro grupo mencionado neste post (Mark Zuckerberg, Bill Gates etc) sabiam muito bem disso, tanto é que primeiro garantiram suas respectivas fortunas pessoais, e só depois revelaram ao mundo suas almas caridosas.

Aquele abraço!

62 comentários:

  1. Rsrs Como esse país está chato. Tem gente que prefere um contorcionismo retórico, pois assim fica "bonitinho" justificar o dinheiro. Por que há tanta dificuldade nessa terra em admitir que ganhar dinheiro é bom? Abs

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    1. Isso tem muito a ver com nossa herança católica.

      Até hoje a igreja católica condena o lucro, exceto quanto revertido ao bem comum.

      Sei que o catolicismo perde praticantes a cada dia, mas o fato de que o brasileiro olha torno para quem enriquece permanece.

      Abraço!

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    2. É uma grande hipocrisia dizer que dinheiro não importa.

      Na hora de pagar as contas, a empresa de energia e o dono da escola do seu filho não aceitam abraços.

      Dinheiro é merecimento por gerar valor para outras pessoas. É servi-las bem.

      Abçs!

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  2. rs, este Gabriel Gofi depois de ganhar fortunas no Poker agora virou guru dos empreendedores. Mas tenho por mim que empreendedorismo é uma daquelas coisas que não se ensina. Mas virou uma coqueluche esta onda de palestrantes do gênero.

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    1. Será que a carreira de guru dele está dando certo? Eu mesmo só descobri que ele existe pois ele paga post patrocinado para aparecer nas minhas redes sociais, rs.

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    2. Vai saber...

      Adicionei o seu blog no meu RSS Feed Reader (http://abacusliquid.com/blogosfera/)
      Quando tiver uma oportunidade adicione também o meu novo site no seu reader (http://abacusliquid.com).

      Grande Abraço!

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    3. Já está adicionado, meu amigo! Sucesso no novo site!

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  3. Grande Madruga,

    Concordo. Empreender tem que ser para gerar dinheiro.

    Empresa foi feita pra gerar dinheiro acima do que o capital geraria se aplicado em alguma aplicacao financeira.

    Só um adendo ao caso do Mark do Facebook: Ele ja era rico antes de empreender.

    Grande abraco

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    1. Não sabia que ele já era rico.

      Se bem que vi aquele filme "A Rede Social" e lembro que ele estudou em Harvard, então pobre ele certamente não era.

      Abraço!

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    2. Outro adendo: o jorge paulo lima já era rico também. A história dele não me impressiona nem um pouco. Ele é empresário no modo "easy".

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  4. O nome técnico do empreendedorismo fofo você já conhece: marketing.

    Para quem sabe identificá-lo, o sinônimo é bullshit.

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    1. Olá, Anon!

      Quando ele é praticado por empresa, com certeza é marketing!

      Mas quando a ideia de "empreender por um mundo melhor" é vendida por gurus, tá mais pra golpe mesmo.

      Abraço

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  5. Empreendedorismo de palco é bullshit! Qq esse gabriel e essa bel já empreenderam? POrra nenhuma! Vc sabe mais de empreendedorismo q esses caras.

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    1. Entrei no site da empresa do Gabriel e lá diz que a empresa tem um valor de mercado de mais de 1 bilhão de dólares, rs. Tá certo...

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  6. Batendo palmas aqui para seu post !!!

    Empreendedorismo de cú é rola, to cansado deste pessoal que quer "transformar o mundo" ao custo do meu suado dinheirinho.

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  7. kkk caralho, post foda, concordo 100%, se não traz dinheiro foda-se...trabalho que não gera dinheiro é escravidão, de qualquer forma alguém sempre ganha financeiramente, mesmo no voluntariado..bom, não vou polemizar..vlws!

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    1. Falando em voluntariado... e essas voluntários da olimpíada, hein? Bando de trouxa sendo tratado igual cachorro enquanto trabalha de graça pro COI.

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  8. Concordo 100% com seu post, Madruga! E digo mais, pode colocar nessa categoria aqueles chefes/diretores/gerentes que falam que salário não é um motivador para o trabalhador e sim benefícios/sentir prazer no que se faz.

    É de cair o cu da bunda. Depois que esses caras já garantem seus 30/40/50-100k mensais eles começam com esse discursinho bosta. Agora, olha pro passado deles e vê se na idade de ser estagiário eles nao tinham sangue nos olhos por causa das verdinhas caindo na conta?

    Abraços!

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    1. É muito fácil uma pessoa falar que dinheiro não é importante depois que ela já está com a vida garantida, não é mesmo?

      Jovens tem mais é que focar no dinheiro mesmo. O jovem que realmente acha que dinheiro não é importante vai ter uma grande decepção num futuro não tão distante...

      Abraço!

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  9. Os caras estão tentando comunizar tudo até o empreendedorismo

    Esses café com leite do politicamente correto me dão ânsia de vomito

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  10. Meu empreendimento (Biboca na periferia de SP) tem melhorado muito o mundo, eu estou ganhando mais, os cachaceiros do bairro estão felizes porque podem tomar caninha barato, a tia que fabrica as coxinhas que compro está super feliz pois está ganhando o dela. Os comedores das coxinhas estão felizes, os médicos que cuidam dos comedores das coxinhas estão felizes, e principalmente por estar ganhando mais tenho ido mais aos puteiros deixando as putas e os donos felizes. Estou ou não contribuindo para um mundo melhor?
    Também odeio esse papo de fofura, fazemos um mundo melhor ganhando mais dinheiro e dando chance para os outros ganharem também.
    Cachorro Louco

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    1. Cachorro Louco, concordo plenamente contigo, e ia abordar essa questão no post, mas resolvi não me prolongar.

      Minha empresa paga tributos, emprega e paga todos os direitos trabalhistas de um ser humano, paga aluguel, paga assessoria de TI, paga assessoria contábil, paga isso, paga aquilo...

      Olha a economia girando aí, tudo por causa de uma microempresinha.

      Isso já é bonito o suficiente, já é uma enorme contribuição pro país, não é necessário maquiar a nossa busca por riqueza com o discurso de que buscamos um mundo melhor, pois a própria busca por riqueza por si só já traz uma enorme contribuição como consequência!

      Abraço!!

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  11. madruga essa bel peixe é uma farsa

    so de olhar pra cara dela eu fico puto

    ela entrou no mit? entrou, mas nao fez nada de notavel depois disso

    alias a unica coisa de notavel que ela fez foi saber ganhar dinheiro inventando um mito que ela criou tendo como base ela ter entrado no mit

    é só mais uma anonima nos eua mas aqui no brasil caiu na graça da imprensa por ser mulher e ter se vendido como a esteva jobas brasileira que fez sucesso no vale do silício

    se ela é isso tudo, pq nunca criou nada alem de uma empresa que ensina os outros a empreender?

    estranho ne?

    parabens pelo post abs

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  12. Madruga, peguei um ASCO tremendo desse carinha do primeiro vídeo desde o primeiro momento em que vi um vídeo de propaganda dele no facelixo. Porra, que carinha falastrão, mala, falador, engabelador, chato, mentiroso. PQP... Basicamente ele vende o estilo de vida dos falsos gurus de sair falando sobre prosperidade enquanto viaja por aí pelo mundo, sustentado pelos bestas que pagam as baboseiras dele.
    Nada contra viajar, mas o cara tem que ter no mínimo que ter feito coisas relevantes antes de sair vendendo conhecimento sobre empreendedorismo.

    Essa Bel Pesce é outra que a muito tempo não é mais empreendedora, é só uma marketeira de si mesma. Dos negócios que ela participou, ou que botaram o nome dela no Vale do Silício, não participa mais de nenhum e voltou para o Brasil para vender essas besteirinhas de baboseirinhas? Não tem outra explicação para isso senão incompetência... veja, ela não tem nenhuma empresa, nenhum empreendimento relevante, o seu principal projeto é sua escolinha de empreenderismo fofo.
    Sei do que estou falando porque li os livros dela, vídeos, cursos e boa parte do material dela.

    Vão se foder empreendedores de araque falastrões carismáticos mentirosos enroladores falsos gurus.

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    1. Marqueteira de si mesma rs, gostei do termo, é exatamente isso.

      E quanto ao vídeo no começo do post, nossa senhora, eu sinto vergonha alheia do começo ao fim, e no fim do vídeo quando o cara diz "that's it" e faz uma pose, eu quase morro de overdose de vergonha alheia.

      Abraço!

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  13. Deixo aqui meu vai tomar no cu para esses "empreendedores de palco" farsantes que só estão ali pelo dinheiro também no final das contas, lixos imundos.

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  14. "empreendedores de palco"
    melhor definição que o pessoal usa na internet.
    ja escrevi comentarios sobre isso na blogosfera..
    simples, Os caras vao te enrolando nos videos, nunca falam nada de mais... nada que te ajude a empreender, te prometem que se comprar o material deles (que custa o olho da cara) vao te ensinar tudo que sabem.
    o que mais me impressiona é o fato desses "GURUS" nao terem empresas... vc receber dicas do warrem buffet sobre investimentos, beleza..o cara é investidor.
    receber dicas do jorge paulo sobre empreendimentos, beleza... o cara é empreendedor.

    AGORA VIR GENTE QUE NAO TEM EMPRESA, NAO TEM PRODUTO querer vender isso... é errado.
    o produto deles é o proprio curso, video, aula, sei la o que.


    boa sorte a todos.

    Escobar.

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    1. Olá Escobar, empreendedor de palco realmente é um excelente termo que resume muito bem essa galera aí. Não conhecia o termo, conheci por causa dos comentários neste post. Abraço

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  15. Normal. Com a internet, a picaretagem se tornou escalável.

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  16. Isso é uma das vertentes do politicamente correto. Esse tipo de papo está atrelado a todo tipo de assunto.
    Veja o exemplo de pessoas que passaram a usar a bicicleta como meio de transporte, você vê entrevistas dessas pessoas defendendo a bicicleta com uma conversa politizada, um blá blá blá danado.
    A questão é simples gosta de andar de bicicleta? Ande, ponto final, nada de querer ficar dando lição de moral, fazendo discurso etc.
    Um empreendimento pode sim contribuir para a sociedade e essa contribuição será natural, pelo serviço, que se presta, geração de empregos etc.
    O que vem enchendo a paciências são essas conversas gourmet que vemos pra todo lado.
    Em parte essa necessidade de aparecer vem das redes sociais.
    Um dia ainda concluirão que essas redes fizeram mais mal do que bem pra sociedade Mas esse é outro tema).

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    1. Também acho que elas fazem mais mal do que bem. Mas realmente, esse é um tema que merece um post próprio aqui no blog.

      Abraço anon!

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  17. Conheço um sujeito que está esperando alguém que ajude ele a desenvolver a ideia que teve, tipo, que de o caminho com um apoio financeiro mas sem cobrar por isso, só pelo fato de seguir a ideia do cara mesmo.( gostar do assunto, resumindo, ajudar num desenvolvimento por paixão, sem cobrar por isso )

    Até hoje não achou esse sócio ideal.

    É cada uma.

    Abraço madruga.

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    1. O máximo que ele conseguiu até hoje foram jovens recém iniciados em faculdades, mas que depois souberam que não ganhariam nada com o tempo, então abandonaram o sujeito.

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    2. Pelo visto ele está procurando gente pra fazer caridade pra ele. Que cara besta. Ele quer que alguém abrace a ideia dele, mas se a ideia der certo o dinheiro será só dele, né? Quero ver isso dar certo.

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  18. Eu acho engraçado isso. Nos últimos anos, além da profissão de médico, engenheiro, padeiro, mestre de obras, entre outras, criaram a profissão "empreendedor". Eu vi uma vez 30 segundos de vídeo da Bel Peixe e ela começava falando que era "escritora e empreendedora". Porra, meu pai tem uma lojinha e ele nunca se chamou de empreendedor. Meu tio tem uma pequena empreiteira e nunca se chamou de empreendedor.

    As pessoas ao invés de estarem ficando mais inteligentes com o tempo estão é regredindo. Como o anônimo falou aí em cima "Um dia ainda concluirão que essas redes fizeram mais mal do que bem pra sociedade"

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    1. Eu não sei explicar o motivo, acho que nunca parei pra pensar com profundidade no assunto, mas o fato é que toda vez que alguma pessoa se autointitula empreendedora, eu desconfio.

      É um termo vago e que pouco diz sobre o que diabos a pessoa está fazendo.

      A mesma coisa serve pro termo empresário.

      Fulaninho de 19 anos dirige bêbado a BMW do pai e mata alguém na madrugada. No jornal do dia seguinte vai aparecer "Fulaninho, 19 anos, empresário [...]".

      A mulher do ricão passa metade do dia no salão e a outra metade na academia. Pergunte o que ela faz da vida e ela responde: "empresária".

      Empresário é o termo mais vago do universo, você não precisa provar ter curso superior ou qualquer ocupação de fato pra se apoderar dele, rs.

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  19. Alguém ainda pensando nesta merda de país. Parabéns concordo com tudo.

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  20. Olá MI

    Tenho uma opinião diferente dos outros.
    O empreendedor, de qualquer tipo, é aquele agrega valor na vida das pessoas. De uma outra forma de entender, ele soluciona problemas, torna a vida de outras pessoas melhor se o empreendimento não existisse.

    É claro que todo empreendimento deve ser lucrativo. Sem um equilíbrio financeiro, o empreendimento por si só não se sustenta, a menos que você injete dinheiro de uma outra fonte, mas isso já seria caridade.

    Talvez o que o cara do vídeo quis dizer é que seu foco devesse ser em agregar valor na vida de seus consumidores, o máximo que puder, e deixar que o dinheiro seja uma consequência do alto valor que você agregou na vida dos outros.

    Realmente o termo empreendedor virou moda e todos querem ser. Por um lado é ruim porque acaba colocando grandes pessoas na mesma categoria que qualquer recém empresário. Por outro lado pode ser uma tendência das pessoas mudarem o modo de ver a vida. De não mais querer viver a custas de outras pessoas, mas sim começar a realmente criar valor para os outros, quer seja empregado ou patrão. De começar a sonhar em realizar grandes empreendimentos/ criar empresas do que sonhar em passar em concursos públicos. E por fim, de deixar de se sentir vitimas da sociedade e começar a ser o autor da própria história.

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    1. Olá, Investidor X!

      Opiniões diferentes são sempre bem vindas.

      Ainda assim, não consigo concordar com isso.

      Não acho que o empreendedor de qualquer tipo agrega valor na vida das pessoas.

      Por exemplo, Martin Shkreli não agrega valor alguma na vida das pessoas, muito pelo contrário, ele só piora a vida das pessoas, ainda assim ele não pode deixar de ser considerado um empreendedor.

      Outro exemplo: um fabricante de chicletes é um empreendedor, por mais que o resultado final da atividade dele seja absolutamente inútil e em regra só sirva para atentar contra a saúde bucal das pessoas.

      Acredito que empreendedorismo e agregar valor são duas coisas completamente diferentes.

      Essas duas coisas podem até caminhar juntas, e é preferível que caminhem, mas uma não é pressuposto intrínseco da outra.

      Abraço! Espero te ver comentando mais vezes aqui no blog.

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    2. Confesso que não conhecia esse tal de Martin Shkreli e fui pesquisar a respeito dele. E, na minha opinião, ele agrega valor na vida das pessoas sim.

      O que é valor? É quando vc despende de recursos, de forma voluntária, em troca de algo que, na sua opinião, VALE mais do que os recursos que vc despendeu.

      No exemplo do Martin, ele aumentou em mais de 1000% o valor do remedio que ele comprou a patente. As pessoas que adquiriram o remedio depois do aumento de preço, ainda percebem valor no remedio e estão disposta a adquirir o mesmo de forma voluntária. Ninguém está obrigando ou coagindo elas a comprarem aquele remédio. Elas podem comprar outro remedio ou até mesmo se utilizar de outros métodos teraputicos.

      Valor é algo subjetivo. O que vale muito para mim, não necessariamente vale para vc ou para aquelas pessoas que compraram os remédios.

      Quanto a questão de empreendedorismo e agregar valor serem coisas diferentes, eu não vou entrar em discussão porque existem várias definições para empreendedorismo. Tudo que escrevi sobre empreendedorismo, por favor, interprete como pessoas que agregam valor a vida de outras.

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  21. Concordo com tudo que foi falado no post.

    Ainda digo mais, na vida real, só ganha mais dinheiro quem tem dinheiro e o que dá dinheiro é o que sempre deu dinheiro.

    Não adianta tentar reinventar a roda dizendo que tem que resolver um problema mundial com a escassez de não sei o quê. Se no seu modelo de negócios não tiver um troço chamado lucro, vai ser rasgado na mesma hora.

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  22. Concordo com tudo que foi falado no post.

    Ainda digo mais, na vida real, só ganha mais dinheiro quem tem dinheiro e o que dá dinheiro é o que sempre deu dinheiro.

    Não adianta tentar reinventar a roda dizendo que tem que resolver um problema mundial com a escassez de não sei o quê. Se no seu modelo de negócios não tiver um troço chamado lucro, vai ser rasgado na mesma hora.

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  23. A Bel Pesce é a coisa mais LINDA desse mundo rapaz, que isso!! Sonho com essa gatinha maravilhosa todo dia.

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    1. Ela é bem pegável, mas coisa mais linda do mundo aí eu já não sei...

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  24. Parabens pelo post! Postei minha evolucao patrimonial entre janeiro de 2013 e julho de 2016. Tamo junto. Abraços

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  25. Madruga,

    Excelente!

    Infelizmente vivemos na era do politicamente correto. O mundo anda muito, mas MUITO chato...

    Abraços.

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    1. Tá chato mesmo IL. As pessoas andam muito sentimentais ultimamente, se ofendendo com qualquer coisa. Abraço!

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  26. A era digital virou picadeiro de picaretas. A coisa mais comum é ver gente ensinando a fazer o quê nunca de fato fizeram. Tem que ter background, ensinar um caminho que já foi trilhado. Aqui em minha cidade explodiu o tal do "coaching", gente que deveria vir me pedir ajuda vem na verdade querer me "ensinar" a ter sucesso, a aumentar meu desempenho e diversos outros bullshits.
    Se esse Daniel fizer um livro de poker e a Bel um de como entrar no MIT eu me interesso, fora isso passarão sempre batidos por mim.

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    1. Tenho curiosidade de saber porque o Gabriel parou com o poker pra fingir ser um guru que não é. Será que as coisas não deram tão certo assim pra ele no poker?

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  27. Rachei de rir com o post, muito boa as fotos no timming certo! Hahahahah vou adotar esse termo " empreendedorismo fofo"

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  28. Olha essa matéria sobre a Bel Pesce:

    https://medium.com/@izzynobre_24233/bel-pesce-e-o-empreendedorismo-de-palco-porque-a-menina-do-vale-n%C3%A3o-vale-tanto-assim-da9e0c917844#.uq52ehez9

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    1. Eu li, vi um vídeo sobre o fracasso dela com uma Hamburgueria e "desmascarando" realmente muito engraçado o SM citar a mina e algumas semanas depois ela fracar em um empreendimento e ser "desmascarada"

      Anôn da Selva

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    2. Eu li Anôn, muito bom mesmo. O Izzy fez uma investigação simples, mas que nenhum jornalista nesse nosso Brasil varonil se dispôs a fazer antes de escrever notícias babando ovo da "menina prodígio".

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